Representante comercial, fique atento ao golpe dos falsos boletos

Estar atento aos detalhes do boleto faz a diferença para evitar golpes.

O golpe do boleto está cada vez mais sofisticado. A prática envolve a falsificação de cobranças para fazer com que o pagamento seja desviado do destino para a conta bancária do golpista. A boa notícia é que existem detalhes no próprio boleto que podem ajudá-lo a identificar a fraude e fugir dela. Confira as dicas do Core-MT:

- Observe a fonte de emissão do boleto

Uma das maneiras mais práticas e seguras de evitar um boleto falso é baixá-lo no local correto. Sempre que possível, faça o download do boleto diretamente no site da instituição que está fazendo a cobrança. Duvide de boletos que chegam via e-mail ou WhatsApp, especialmente quando a mensagem vier associada a títulos como "assunto urgente" ou "seu nome está no Serasa".

- Atenção aos erros de português

Erros ortográficos e na formatação são muito frequentes em boletos falsos, mas podem passar despercebidos em uma primeira leitura. Cheque atentamente seus dados pessoais, como o nome completo e o CPF, a data de vencimento, o valor, o CNPJ e o nome do beneficiário.

- Confira os dados do beneficiário

O CNPJ do emissor deve estar descrito, seja pelo nome do representante ou pela Razão Social da instituição. Não conclua a operação se o nome que constar ali for desconhecido por você. Caso isso aconteça, na dúvida,            entre em contato com o SAQ da empresa. No caso do Core-MT, o CNPJ descrito é o 03.006.392/0001-94Conselho Regional dos Representantes Comerciais no Estado de Mato Grosso

O endereço do beneficiário também é útil nessa checagem. O do Core-MT está apresentado como Endereço: Av. Ipiranga, 645 B - Goiabeiras, Cuiabá - MT, 78032-900, caso estiver diferente, não representa a instituição.

- Verifique se o valor do documento está correto

Além de aparecer no espaço “valor do documento”, ele está nos dígitos finais do código de barras – caso os valores forem diferentes, pode ser um indício de golpe.

O mesmo vale para cobranças que costumam ter valor fixo, como a fatura de mensalidades escolares: se houver uma alteração, desconfie e entre em contato com a instituição para checar se está correto.

- Fique de olho no código de barras

A chave de ouro da checagem em relação a boletos falsos envolve o código de barras. Em geral, quando esses documentos estão fraudados, o código consta como incompatível, o que força a vítima a digitar os números manualmente para que a fraude seja finalizada.

Fique atento quando houver espaços excessivos entre as barras ou alterações grosseiras que não permitam o reconhecimento pela leitora. Em vez de digitar o número, prefira utilizar a câmera do seu celular para fazer a leitura automática.

Além de trazer o valor da fatura nos dígitos finais, o código de barra possui outra informação que merece atenção: os dígitos iniciais representam o código do banco emissor. Caso o logo da instituição for incompatível com a sequência de números que a representa, desconfie.

No Core-MT os boletos são apenas da Caixa Econômica Federal, cujo código é 104. Para consultar outras numerações, consulte o site da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).


Outras dicas úteis para evitar receber boletos falsos

Evite conexão em redes públicas

Quando se trata de boletos, o ideal é fazer todos os procedimentos online, porém, utilizar uma rede de wi-fi aberto não é o melhor caminho, especialmente para fazer o download e acessar a conta bancária.

Redes públicas são mais suscetíveis a ataques no roteador. Golpistas mais experientes são capazes de interceptar o acesso e falsificar tanto as páginas visitadas quanto o próprio documento, fazendo com o que o valor seja desviado.

Cuidado com vírus

Nunca é demais reforçar os cuidados em relação aos vírus. No caso dos boletos, o mais comum é o bolware: caso esteja no computador, ele atua no momento em que o arquivo é aberto para ser impresso, podendo alterar o valor, o código de barras e o destinatário do boleto.

É possível evitar o vírus com a maioria dos antivírus gratuitos, bons softwares de segurança e varreduras periódicas. Prefira boletos em formato PDF e evite imprimi-los: leia o código de barras diretamente do computador ou celular. Outra dica é evitar o pagamento das faturas em computadores de acesso público, pois não é possível garantir que os sistemas estão livres de ameaças.